Eu escolhi mudar

Recentemente eu e meu cabelo passamos por uma mudança "radical". Ouvi muita gente me perguntando por que eu fiz isso ou "você cortou demais!".

E eu parei pra pensar que grande parte das minhas mudanças "radicais", envolveram meu cabelo. Mas, principalmente, percebi que o que me levou a mudar foram coisas mais "internas".

A maioria das vezes que quero mudar alguma coisa, como forma de pensar, agir, ou até mesmo para superar algo; eu gosto de marcar essa mudança, mexendo em alguma coisa "exterior". 

Geralmente, elas envolvem cortes. Teve uma vez, porém, que eu quis "radicalizar" ainda mais. Decidi que um corte era muito pouco diante da grande mudança que eu queria ter na minha vida, então eu iria pintar meu cabelo. Dito e feito, mais ou menos uma semana depois de ter decidido, em Dezembro de 2014, fiz ombré hair e mechas. 

Nenhuma mudança traz somente benefícios. Meu cabelo ficou extremamente danificado e até hoje eu lido com as consequências disso. Inclusive, foi isso que me trouxe ao corte atual. Na época, essa mudança me fez muito bem, porém hoje confesso que me arrependo da decisão. 

Agora, pare pra pensar em todas as mudanças pelas quais você já passou. Sejam exteriores ou íntimas todas trouxeram alguma consequência. Você provavelmente já imaginou como seria se não tivesse passado por elas.

A vida é feita de mudanças, de escolhas. E todas elas, sem exceção, trarão consequências. Talvez elas passem rápido. Ou talvez você tenha que lidar com elas por um bom tempo, como eu lido até hoje com as que vieram junto da minha decisão de mais de um ano atrás. 

Depois de pintar, meu cabelo cresceu, até que eu percebi que todas as hidratações do mundo não deixariam ele como antes. E provavelmente, ele nunca vai ficar igual.

A dica que eu deixo é, não tenha medo de mudar. Não estou dizendo para você mudar tudo loucamente. É importante sim pensar bem nos pontos bons e ruins, antes de tomar uma decisão. 

Como já disse, quando quero mudar alguma coisa, eu gosto de trazer ela para o lado de fora também. Para me lembrar do que me levou a fazer aquilo e tudo o que eu quero mudar. As mudanças íntimas não são instantâneas. Diferente, é claro, da coloração no cabelo, que em poucas horas já está pronta.

Estamos em mudanças constantes. E elas não devem nos deixar assustados, e sim fazer com que aprendamos com elas. Eu, por exemplo, já sei que não quero mais pintar meu cabelo.